31 de agosto de 2009

Vómito - um sintoma frequente

O vómito é uma das causas mais frequente para idas ao veterinário. Consiste na expulsão forçada do conteúdo gástrico através da boca. Não consideramos o vómito uma patologia propriamente dita, mas sim um sintoma de uma série de patologias mais ou menos graves.



Vómito - um sintoma frequente em cães e gatos
Se o animal vomitar uma única vez, estiver alerta e bem disposto, provavelmente não justificará levá-lo ao veterinário. Isto acontece por exemplo quando comem ervas. No entanto, se o animal vomitar várias vezes e estiver apático e prostado, deverá levá-lo de imediato ao seu veterinário.

As causas de vómito são muito variadas e nem sempre estão relacionadas com o aparelho digestivo. Assim sendo, temos causas:

  • gastro-intestinais;
  • infecciosas: virais e bacterianas;
  • hepáticas;
  • renais;
  • endócrinas;
  • neurológicas, entre outras.

Perante esta variedade de causas, percebe-se a importância de fazer um exame clínico completo, com eventual recurso a exames complemetares de diagnóstico (análises de sangue, radiografia, endoscopia, ecografia, entre outros), para deteminar a causa exacta do vómito e, assim efectuar a terapeutica adequada. Quando a causa é gastro-intestinal, o tratamento passa pela administração de anti-ácidos e anti-vomitivos e introdução de uma dieta gastro-intestinal. Se os vómitos persistirem, o animal deve ser internado e colocado a soro para correcção de eventuais desidratações.

Por fim, o prognóstico varia muito conforme a causa do vómito.
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24 de agosto de 2009

Reacções alérgicas: urticária e angioedema

A urticária e o angioedema (inchaço da face) fazem parte de reacções alérgicas que, tanto cães como gatos, podem ter perante os mais diversos alergenos. Os alergenos mais comuns são plantas, picadas de insectos, detergentes, fármacos e mesmo vacinas.

A urticária caracteriza-se por pequenos altos por todo o corpo do animal, ficando o pêlo levantado nessas zonas. O animal pode ter ou não prurido.

O angioedema caracteriza-se por um inchaço da cabeça do animal, especialmente no focinho e ao redor dos olhos. Quando é muito acentuado, o animal fica com "aparência de Shar Pei" com os olhos semi-cerrados. No angioedema existe normalmente prurido.

Angioedema

Estas reacções alérgicas aparecem, habitualmente, vinte minutos após o contacto com o alergeno. Na maior parte dos casos, são auto-limitantes e não põem em risco a vida do animal. Contudo, existem situações raras em que o angioedema pode dar origem a um inchaço das vias respiratórias do animal, causando-lhe dificuldade respiratória acentuado. Nesses casos, o animal deve ser de imediato levado para o veterinário.

O tratamento das reacções alérgicas consiste na administração de corticosteróides de acção rápida. Por vezes, nos casos menos graves, a administração de anti-histamínicos pode ser suficiente.

As reacções alérgicas são muito difíceis de prever, a menos que saibamos qual o alergeno em causa. Se notar que o seu animal está com uma reacção alérgica, consulte o seu médico veterinário assistente de imediato para que ele possa avaliar a gravidade da situação.
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15 de agosto de 2009

FIV - Vírus da Imunodeficiência Felina

O vírus da imunodeficiência felina, vulgarmente denominado por FIV, é o responsável pelo enfraquecimento do sistema imunitário do gato, tornando-o mais susceptível a contrair outras doenças que, habitualmente, um gato saudável teria mais dificuldade em contrair.

O FIV faz parte da família dos retrovírus, que engloba, entre outros, o vírus da leucose felina (FeLV) e o vírus da imunodeficiência humana (HIV). Estes vírus são específicos para cada espécie, ou seja, um retrovírus felino só atinge gatos e um retrovírus humano só afecta humanos.

O FIV transmite-se através da dentada com gatos infectados ou de mães para filhos durante a gestação ou a amamentação. Ao contrário do FeLV, o FIV não se transmite por contacto prolongado com gatos infectados, pois aloja-se, essencialmente, a nível da saliva. Assim sendo, os gatos machos inteiros que vão à rua são o grupo de maior risco, pois mais facilmente se envolvem em brigas com outros gatos de rua.

A dentada é uma forma de transmissão do FIV


Os gatos FIV-positivos podem exibir os mais variados sintomas:

  • infecções a nível da boca;
  • doenças respiratórias;
  • doenças oculares;
  • doenças gastro-intestinais;
  • problemas de pele;
  • doenças neurológicas;
  • neoplasias;
  • linfadenopatia (aumento generalizado dos gânglios linfáticos).

Os sintomas são muito variáveis conforme o estado da seropositividade. Determinados animais FIV-positivos podem nao exibir quaisquer sintomas durante anos.

A detecção do FIV é feita através de testes rápidos que detectam anticorpos. Todos os animais com uma origem desconhecida devem ser testados para FIV. Se forem positivos, não deverão ter novamente acesso à rua, pois poderão contaminar outros gatos. Se for um macho inteiro, opte por castrá-lo para que o instinto de dominância e de vadiagem se dissipe e não se envolva em brigas com outros gatos.

Não existe tratamento específico para o FIV, mas sim para todas as doenças concomitantes. Um animal FIV-positivo pode fazer uma vida perfeitamente normal mas o dono deve ter sempre presente que este não deverá ter acesso à rua. Se existem outros gatos no agregado familiar, deve ter noção que o risco de contágio existe, principalmente se forem gatos pouco amigáveis e que briguem.

Não existe, actualmente, nenhuma vacina eficaz para o FIV. Aconselhe-se com o seu médico veterinário se ainda persistirem dúvidas acerca desta doença.
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9 de agosto de 2009

Hipotiroidismo canino

O hipotiroidismo é uma doença relativamente frequente nos cães mas que, raramente, ocorre nos gatos. Quando não existe hormona da tiróide suficiente em circulação no organismo do cão, dizemos que ele sofre de hipotiroidismo. A grande maioria dos casos de hipotiroidismo canino resultam da destruição ou atrofia da própria tiróide.





Localização da tiróide

Aparece habitualmente em cães de meia-idade, sendo mais frequente nos cães de raças médias e grandes. Certas raças como o Golden Retriever, o Retriever Labrador, o Doberman e o Cocker Spaniel parecem ser mais predispostas para desenvolver hipotiroidismo.

Os sintomas mais frequentes são:

  • apatia;
  • perda de pêlo;
  • excesso de peso;
  • hiperpigmentação da pele;
  • bradicárdia;
  • aumento dos níveis de colesterol sanguíneo.

A conjugação destes sintomas levam o veterinário a suspeitar da presença desta patologia e a efectuar o doseamento dos níveis de hormonas da tiróide.

Após a confirmação de hipotiroidismo, há que iniciar o tratamento que consiste na suplementação com hormona da tiróide sintéctica, denominada levotiroxina. Periodicamente, o animal deve efectuar análises para reavaliação da medicação, que será adminstrada durante toda a sua vida. Assim que os níveis da hormona da tiróide estão estabilizados, os sintomas começam a desaparecer.
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2 de agosto de 2009

Otohematomas

Os otohematomas ou hematomas auriculares são pequenas acumulações de sangue e líquido sanguinulento entre a pele e a cartilagem da orelha do animal, formando autênticas bolhas no pavilhão auricular. São um problema bastante frequente nos nossos cães e gatos.

Otohematoma

Normalmente, os donos notam um inchaço repentino na orelha do animal, cheio de liquído e extremamente doloroso ao toque. A dor vai desaparecendo com o passar dos dias, mas se o otohematoma não for tratado continuará a acumular-se líquido e pode mesmo começar a aparecer tecido fibroso na orelha do animal, podendo este desfigurar a sua estrutura normal.

Tanto os cães como os gatos podem desenvolver otohematomas, contudo é mais frequente nos cães. Os animais mais predispostos para otohematomas são todos aqueles que têm problemas crónicos de ouvidos - otites infecciosas, otites a ácaros ou otites de causa alérgica. Estas patologias provocam comichão no ouvido do animal e fazem com que ele se coce e abane a cabeça violentamente, conduzindo facilmente à formação de um hematoma.

Para tratar o otohematoma, o líquido deve ser removido através de uma punção com agulha e seringa. A quantidade de líquido sanguinolento que retiramos é, por vezes, impressionante. Após a remoção do líquido instilamos na zona do otohematoma, um corticosteróide de acção prolongada para evitar a formação de novo hematoma. Podemos também fazer um penso compressivo ligeiro que auxilia no desaparecimento total do hematoma. Se o animal tiver muita comichão é fundamental que use um colar isabelino durante alguns dias, para evitar o auto-traumatismo. Nos casos recidivantes optamos pela cirurgia. Esta consiste em pequenas incisões suturadas ao longo do pavilhão auricular.

A melhor forma de prevenir os otohematomas é evitando o auto-traumatismo do próprio animal. Se notar que ele abana muito a cabeça ou que se coça muito nos ouvidos, não hesite em levá-lo ao seu médico veterinário para que a otite seja logo tratada numa fase inicial e não haja o risco de se formar os hematomas auriculares.
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