24 de novembro de 2009

Peritonite infecciosa felina (PIF)

A peritonite infecciosa felina, vulgarmente denominada por PIF, é uma doença viral, habitualmente, progressiva e fatal em gatos. O vírus envolvido no PIF é um coronavírus modificado, ou seja, a grande maioria dos gatos tem a forma benigna do coronavírus mas só nalguns gatos esse vírus sofre mutações e transforma-se num vírus altamente patogénico, originando o PIF.

Os gatos jovens ou com doenças que deprimam o seu sistema imunitário, como por exemplo, FIV (vírus da imunodeficiência felina) ou FeLV (vírus da leucose felina), são mais sensíveis a contrairem o PIF.




Os gatos jovens são mais sensíveis ao PIF

Este vírus pode resistir durante várias semanas no meio ambiente, mas é facilmente eliminado por uma lavagem com detergentes e desinfectantes. Daí a importância de uma boa limpeza e desinfecção do local onde possam ter estado portadores de PIF.

O PIF pode manifestar-se de duas formas: a forma seca ou não-exsudativo e a forma exsudativa, sendo esta última mais frequente. O PIF exsudativo caracteriza-se pela acumulação de líquido no abdómen e/ou no tórax do animal . Nestes casos, o principal sintoma é a dificuldade respiratória. No PIF seco, a acumulação de líquido nas cavidades é pouco frequente e os sintomas são muito pouco específicos, podendo confundir-se facilmente com outras doenças.

Apesar desta divisão, em termos de nomenclatura, dos dois tipos de PIF, os sintomas mais frequentes que podem aparecer são:

  • febre;
  • letargia;
  • perda de apetite com consequente perda de peso;
  • vómito e/ou diarreia;
  • icterícia (tom amarelado das mucosas);
  • abdómen distendido e dificuldade respiratória no caso do PIF exsudativo;
  • sintomas neurológicos.

O diagnóstico do PIF faz-se com base nos sintomas do animal. Não existem testes específicos para o PIF - mesmo a titulação de anticorpos contra o cornavírus não é específica pois não diferencia entre o coronavírus patogénico e o não-patogénico.

Quanto ao tratamento, não existe nada específico para o PIF. O tratamento é feito com base nos sintomas que o animal apresenta e na gravidade da situação. O prognóstico de PIF é sempre reservado. Se o seu gato apresentar algum dos sintomas mencionados acima não hesite em levá-lo de imediato ao seu veterinário.
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17 de novembro de 2009

Síndrome da cauda equina em cães (estenose lombossagrada)

O síndrome da cauda equina, também designado por estenose lombossagrada, é o termo usado para descrever um processo de artrite na junção entre a última vértebra lombar e o sacro. Este processo de artrite causa um estreitamento no canal medular, fazendo pressão nos nervos que saem da medula, originando lesões a nível neurólogico. Grande parte das vezes, o próprio disco intervertebral tem também uma conformação anormal, predispondo ao tal estreitamento do canal medular.

Os sintomas mais frequentes são:

  • dor: a maior parte dos animais apresenta dor no terço posterior do corpo - zona lombar, patas e cauda;
  • rigidez muscular: normalmente melhora com o início do andamento;
  • perda de massa muscular: devido ao desconforto, o animal protege-se usando menos os membros posteriores;
  • dificuldade a urinar ou defecar ou mesmo incontinência urinária devido a lesões neurológicas;
  • arrastamento dos dedos dos membros posteriores.

Por vezes, estes sintomas podem confundir-se com os de displasia de anca (tema que será bordado brevemente neste blog) e é fundamental distinguir as duas patologias.

O síndrome da cauda equina ocorre, geralmente, em animais de raça grande. Pode ser congénito ou adquirido e os primeiros sintomas surgem entre os 3 e os 7 anos de idade. O Pastor Alemão parece ser a raça mais propícia para esta doença.





Pastor Alemão - raça mais predisposta a este síndrome

O diagnóstico faz-se através de mielografias que são radiografias que usam um líquido de contraste para evidenciar o estreitamento intervertebral. O animal terá que estar, obviamente, anestesiado para que seja possível injectar o tal líquido de contraste.

O tratamento deste síndrome depende da sua gravidade. Nos casos menos graves, recomenda-se repouso absoluto durante várias semanas e  animal estará sob o efeito de anti-inflamatórios para lhe retirar a dor. O repouso, por muito difícil que seja de fazer, é fundamental para que a medicação comece a surtir efeito. Periodicamente, o animal voltará a ter crises desta patologia. Nos casos mais graves, opta-se pela cirurgia. Também nesta situação o animal estará sob o efeito de anti-inflamatórios e terá que estar confinado durante várias semanas.

O prognóstico do síndrome da cauda equina varia conforme a gravidade dos sintomas. Quando o animal já não consegue urinar normalmente, significa que já há uma compressão neurológica acentuada e, nesses casos, o prognóstico torna-se bem mais reservado.

A rapidez no diagnóstico e no tratamento pode fazer toda a diferença.
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10 de novembro de 2009

Flatulência: um problema a controlar

Apesar da produção de gás fazer parte do normal processo de digestão, alguns animais produzem muito mais que outros, o que pode trazer sérios inconvenientes a quem está à sua volta.




Flatulência - um problema frequente!

A flatulência pode ser atenuada através da alteração de algumas rotinas diárias:

  • obrigue-o a comer devagar: na maioria dos casos, a flatulência é causada pelo excesso de ar que é engolido pelo animal aquando da ingestão do alimento. Tente colocar um brinquedo dele dentro da própria tigela da comida; isto fará com que ele não consiga ser tão sôfrego a comer, pois tentará contornar o próprio brinquedo. Se tiver mais que um animal em casa, separe-os na hora das refeições para que não haja competição entre eles a ver quem come mais rápido;
  • coloque a tigela da comida mais elevada: compre um suporte de tigela da comida para que o animal não tenha que se baixar tanto para a comer - quanto mais baixa a comida estiver, mais ar o animal irá engolir;
  • passeie depois da refeição: pequenos passeios depois da refeição ajudam o processo de digestão, facilitanto a eliminação do gás. Nunca deverá fazer exercício muito intenso após a refeição, apenas uma actividade muito ligeira;
  • mudança de ração: se nota que o seu animal continua com muita flatulência, experimente mudar de alimentação para uma dieta de fácil digestibilidade. Faça sempre uma mudança gradual na alimentação, misturando a ração nova com a ração a que o animal está habituado. As dietas de elevada digestibilidade diminuem, consideravelmente, a produção de gás na digestão;
  • aumente o número de refeições: se dividir a dose diária de comida por 2 ou 3 refeições, o animal vai ingerir uma quantidade menor de comida de cada vez e consumirá menor quantidade de ar;
  • controle os extras: evite dar comida para além da ração e esteja atento para ver se ele não come nada durante os passeios na rua.

Aconselhe-se com o seu veterinário assistente para tentar perceber a causa da flatulência no seu animal; só assim será mais fácil controlá-la.
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3 de novembro de 2009

Como dar comprimidos a gatos

Dar comprimidos a gatos pode não ser uma tarefa muito fácil. Aliás pode ser uma tarefa bem árdua que cria um stress acrescido tanto no dono como no gato.

Dar comprimidos a gatos nem sempre é fáci

Se o seu gato não estiver a seguir uma dieta específica, poderá dar a medicação ao seu gato através de um pouco de comida húmida que ele goste muito. Primeiro coloque um pouco da comida sem o comprimido para que o gato não fique desconfiado e só depois coloque o "isco" com o comprimido. Nunca misture a medicação na refeição completa do gato, pois este pode não a ingerir na totalidade.

Se o seu gato não pode ingerir extras ou se não "mordeu o isco", então a única opção será colocar o comprimido bem no fundo da boca do animal. Eis algumas dicas que pode utilizar para conseguir dar a medicação ao seu animal:

  • retire o comprimido da sua embalagem e coloque-o num local de fácil e rápido acesso;
  • chame o gato com um tom de voz tranquilo para o local onde deseja dar-lhe o comprimido;
  • se o gato for mais activo, coloque-o embrulhado num cobertor ou toalha grande, deixando só a cabeça de fora; será conveniente cortar-lhe previamente as unhas, para evitar arranhões;
  • encoste-o a um local onde ele não tenha hipótese de fuga ou coloque-o num local mais elevado, como por exemplo uma bancada ou uma mesa;
  • pegue no comprimido, colocando entre o seu polegar e indicador, na ponta dos dedos;
  • com a outra mão segure o maxilar superior obrigando-o a abrir a boca e inclinando ligeiramente a sua cabeça para trás;
  • coloque rapidamente o comprimido no fundo da boca do gato, fechando-a de imediato;
  • espere que o gato coloque a lingua de fora, como se se lambesse, pois só aí estará a deglutir o comprimido; muitos gatos conservam o comprimido "escondido" na boca, enganando, facilmente, o dono. Se o gato demorar a deglutir o comprimido poderá soprar-lhe levemente para o nariz ou massajar-lhe o pescoço, mas nunca o deixando abrir a boca;
  • recompense-o sempre no final com um pequeno mimo.

Lembre-se que o sucesso desta tarefa está na rapidez usada na administração. Deve evitar diluir os comprimidos em água, pois grande parte deles são amargos e fazem com que o animal salive em demasia e mostre relutância perante qualquer tipo de medicação.
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