4 de abril de 2009

Asma felina

A asma felina, também designada por bronquite crónica, asma brônquica ou bronquite alérgica, caracteriza-se por uma reacção exagerada do próprio organismo aos diversos tipos de alergenos ou agentes infecciosos. Essa reacção conduz a uma inflamação de toda a arvóre brônquica, com excesso de produção de muco e secreções. Consequentemente, o lúmen brônquico torna-se menor e o gato exibe algum grau de dificuldade respiratória. Os alergenos que mais podem favorecer os sintomas de asma são o fumo de tabaco, as poeiras, os sprays ambientais e os poléns.

A asma pode atingir animais de qualquer idade, de qualquer sexo e de qualquer raça. No entanto, tem uma maior prevalência nas fêmeas.

O diagnóstico da asma é efectuado com base no historial clínico do gato, radiografias torácicas e, eventualmente, análises sanguíneas para descartar outras patologias.


É uma doença que ocorre por episódios, ou seja, existem períodos de crise em que o gato exibe os sintomas, mas que passam espontaneamente ou através de medicação nos casos mais graves. O sintoma principal na asma é a tosse.



Tosse: o principal sintoma de asma felina

Durante as crises graves o animal exibe sinais de dificuldade respiratória: pescoço esticado, respiração de boca aberta, ruídos respiratórios acentuados (vulgarmente designados por farfalheira). Se a tosse é muito persistente, o gato pode mesmo vomitar.

A asma não tem cura. O objectivo do tratamento é reduzir a quantidade de secreções produzidas, diminuir a inflamação brônquica e, assim, promover um melhor fluxo de ar aos brônquios, diminuindo, consequentemente, o número de crises asmáticas.

Os gatos com crises ocasionais normalmente não necessitam de medicação. É importante mantê-los com o peso controlado e dimimuir a exposição aos alergenos ambientais.

Para os gatos com crises frequentes é necessário o uso de broncodilatadores, bem como de anti-inflamatórios esteróides. Esses fármacos, idealmente, deveriam ser administrados através de bombas inalatórias, por forma a diminuir os possíveis efeitos secundários que uma administração continuada pode provocar. Actualmente, já existem inaladores próprios para gatos que vieram facilitar muito a administração. Contudo, nem todos os gatos toleram estas bombas: assustam-se, fogem ou podem mesmo ser agressivos.



AeroKat: inalador próprio para gatos

Nestes casos é de evitar o seu uso, pois um stress adicional só irá exacerbar ainda mais os sintomas. Assim sendo, nestes animais de comportamento mais difícil, o tratamento sistémico através de comprimidos ou xaropes é a solução. Aconselhe-se com o seu médico veterinário sobre a melhor opção terapêutica para o seu gato.
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