6 de setembro de 2009

Úlceras da córnea

As úlceras da córnea consistem em feridas na primeira camada da córnea (constituída por quatro camadas), ficando as restantes camadas expostas a agressões externas, nomeadamente, à invasão de bactérias, causando infecção do olho.

As úlceras podem tornar-se mais profundas e invadir as camadas seguintes da córnea. Nestes casos, a infecção pode atingir várias partes do olho e as lesões podem ser ou não reversíveis.

As úlceras da córnea são normalmente de causa traumática:

  • autotraumatismo: animais q se coçam e ferem a córnea com as unhas;
  • corpos estranhos: pedaços de arvoredos e ervas;
  • entropion ou cílios ectópicos: presença de cílios na posição errada;
  • lutas entre animais.

Os sintomas mais frequentes são:

  • inflamação;
  • fotossensibilidade: o animal semi-cerra os olhos aquando da presença de luz intensa;
  • dor intensa;
  • corrimento purulento: pode estar ou não presente.

O diagnóstico das úlceras da córnea é feito através do exame minucioso do olho do animal para detectar possíveis corpos estranhos ou cílios ectópicos. Usa-se, normalmente, um corante chamado fluoresceína para detectar a úlcera, que cora de verde.




Úlcera identificada pelo teste da fluoresceína
As úlceras não complicadas devem começar a cicatrizar em 4-5 dias após o início do tratamento. As que não cicatrizam neste tempo, já devem ser consideradas úlceras complicadas. Em ambos os casos, o tratamento passa pelo uso de colírios e pomadas oftálmicas. Nas mais complicadas, pode mesmo ser necessário uma intervenção cirúrgica.

As úlceras da córnea têm um prognóstico favorável se forem tratadas de imediato. Se aprofundarem e/ou infectarem podem mesmo causar perfuração da córnea e o seu prognóstico será bem mais reservado. Se notar que o seu animal exibe sinais de infecção ocular, leve-o de imediato ao seu veterinário assistente.
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