O síndrome da cauda equina, também designado por estenose lombossagrada, é o termo usado para descrever um processo de artrite na junção entre a última vértebra lombar e o sacro. Este processo de artrite causa um estreitamento no canal medular, fazendo pressão nos nervos que saem da medula, originando lesões a nível neurólogico. Grande parte das vezes, o próprio disco intervertebral tem também uma conformação anormal, predispondo ao tal estreitamento do canal medular.
Os sintomas mais frequentes são:
- dor: a maior parte dos animais apresenta dor no terço posterior do corpo - zona lombar, patas e cauda;
- rigidez muscular: normalmente melhora com o início do andamento;
- perda de massa muscular: devido ao desconforto, o animal protege-se usando menos os membros posteriores;
- dificuldade a urinar ou defecar ou mesmo incontinência urinária devido a lesões neurológicas;
- arrastamento dos dedos dos membros posteriores.
Por vezes, estes sintomas podem confundir-se com os de displasia de anca (tema que será bordado brevemente neste blog) e é fundamental distinguir as duas patologias.
O síndrome da cauda equina ocorre, geralmente, em animais de raça grande. Pode ser congénito ou adquirido e os primeiros sintomas surgem entre os 3 e os 7 anos de idade. O Pastor Alemão parece ser a raça mais propícia para esta doença.
O diagnóstico faz-se através de mielografias que são radiografias que usam um líquido de contraste para evidenciar o estreitamento intervertebral. O animal terá que estar, obviamente, anestesiado para que seja possível injectar o tal líquido de contraste.
O tratamento deste síndrome depende da sua gravidade. Nos casos menos graves, recomenda-se repouso absoluto durante várias semanas e animal estará sob o efeito de anti-inflamatórios para lhe retirar a dor. O repouso, por muito difícil que seja de fazer, é fundamental para que a medicação comece a surtir efeito. Periodicamente, o animal voltará a ter crises desta patologia. Nos casos mais graves, opta-se pela cirurgia. Também nesta situação o animal estará sob o efeito de anti-inflamatórios e terá que estar confinado durante várias semanas.
O prognóstico do síndrome da cauda equina varia conforme a gravidade dos sintomas. Quando o animal já não consegue urinar normalmente, significa que já há uma compressão neurológica acentuada e, nesses casos, o prognóstico torna-se bem mais reservado.
A rapidez no diagnóstico e no tratamento pode fazer toda a diferença.