30 de outubro de 2011

Halitose - nem sempre o problema está nos dentes!

O termo halitose designa o mau odor proveniente da boca do animal e é uma queixa frequente entre os donos dos nossos animais. Frequentemente é causada por problemas dentários.

Halitose

Os restos de comida, juntamente com a saliva e as bactérias presentes na boca formam o tártaro que causa este mau hálito. Se a quantidade de tártaro for elevada, o animal poderá desenvolver gengivite ou doença periodontal grave com um aumento acentuado da halitose. Para prevenir este tipo de halitose é fundamental efectuar uma limpeza regular da boca do seu animal. Hoje em dia, além das pastas de dentes com as habituais dedeiras para escovagem, temos também snacks ou mesmo pós que se adicionam à ração do animal e permitem manter a sua boca limpa ou com menor carga bacteriana. Pode consultar mais dicas de higiene oral no artigo já publicado no nosso blog.

Contudo, nem sempre a origem da halitose é o tártaro. Existem problemas sistémicos ou não que podem também causar um mau odor. Entre eles temos:

  • doenças renais;
  • diabetes mellitus;
  • dermatites das pregas labiais;
  • ingestão de fezes (coprofagia) ou de comida estragada;
  • doenças gastro-intestinais de causas variadas;
  • doenças respiratórias;
  • outros problemas na cavidade bucal (tumores, corpos estranhos, entre outros).

Se o seu animal apresenta halitose é fundamental que seja observado pelo seu médico veterinário para determinar a sua causa. Não podemos esquecer que outros problemas graves podem dar origem a este sintoma e nem sempre o problema está nos dentes!
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26 de outubro de 2011

Incontinência urinária

A incontinência urinária consiste na perda involuntária de urina quando o animal se encontra em repouso ou a dormir. É frequente os animais lamberem constantemente a região genital aquando deste facto. 
O animal urina de forma involuntária
De uma forma muito simples, podemos dizer que a urina é retida na bexiga de um animal saudável através de um conjunto de músculos situados na base da bexiga, que funcionam como uma válvula e que o animal controla conscientemente. Certas hormonas sexuais afectam a eficácia desses músculos (estrogénios nas fêmeas e testosterona nos machos). Consequentemente, qualquer alteração a nível dessas hormonas pode afectar a capacidade do animal controlar a sua retenção de urina. À medida que o animal envelhece, naturalmente, os níveis dessas hormonas diminuem. O mesmo acontece se o animal estiver esterilizado (procedimento em que retiramos os orgãos responsáveis pela produção dessas hormonas). Outras causas de incontinência podem ser problemas prostáticos ou traumatismos que afectem os nervos que enervam a bexiga. A incontinência de origem hormonal é mais frequente nas fêmeas.

Frequentemente, os animais que sofrem de incontinência urinária têm mais tendência para infecções urinárias, uma vez que o esfíncter vesical está mais relaxado e as bactérias entram mais facilmente. Outra das complicações possíveis é a dermatite de contacto causada pela presença de urina no corpo do animal. É fundamental manter uma higiene constante da pele do animal, pois facilmente ficará sujo com urina e, consequentemente, a pele ficará inflamada. O uso de resguardos é uma boa solução nos animais incontinentes.

Quanto ao tratamento, podemos usar vários fármacos hormonais ou não-hormonais. Habitualmente estes fármacos devem ser utilizados durante toda a vida do animal. Aconselhe-se com o seu médico veterinário sobre a melhor solução para a incontinência do seu animal de estimação. A incontinência pode ser tratada!
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16 de outubro de 2011

Hérnias discais

A coluna dos animais é formada por vértebras que se unem entre si através de discos flexíveis cartilagíneos. Estes discos intervertebrais fornecem a flexibilidade indispensável à coluna vertebral dos animais. Acima destes discos situa-se a medula, constituída por fibras nervosas que transportam informação do cérebro ao resto do corpo e vice-versa. 

À medida que o animal envelhece, os discos intervertebrais vão ficando, progressivamente, mais fracos, podendo mesmo roturar ou herniar, fazendo pressão a nível do canal medular, impedindo a normal transmissão nervosa ao longa da medula.  Este tipo de hérnias crónicas ocorrem progressivamente e estão associadas ao factor envelhecimento. Existem também raças mais predispostas a terem este tipo de problemas - teckel, basset hound, caniche, beagle, cocker spaniel, pequinês, entre outras. No entanto, podemos também ter processos de herniação aguda. São exemplo disso os traumas medulares aquando de traumatismos graves (quedas, atropelamentos, etc). 


Em qualquer um dos casos, agudo ou crónico, os sintomas podem ser diversos:

  • dor intensa;
  • fraqueza muscular;
  • perda de sensibilidade nos membros;
  • incapacidade para urinar e/ou defecar;
  • paralisia parcial ou total.
A gravidade de todos estes sintomas está também relacionada com a localização da lesão. 

Para diagnosticar este tipo de lesões recorremos ao exame neurológico do nosso paciente, bem como a meios complementares de diagnóstico. Existem lesões que facilmente se vêem numa radiografia simples. Outras, contudo, só são possíveis de diagnosticar com recurso a mielografia (radiografia com contraste), TAC (tomografia) ou RM (ressonância magnética).

Sejam lesões mais ou menos graves, a rapidez no diagnóstico e tratamento é fundamental para uma melhor recuperação do paciente. Nos casos menos graves, o tratamento consiste na administração de analgésicos e anti-inflamatórios mais ou menos potentes, dependendo da gravidade dos sintomas. O repouso absoluto é fundamental na sua recuperação - não devemos deixar o animal pular, correr ou fazer movimentos mais bruscos durante um período mais ou menos longo a estipular pelo seu médico veterinário. Muitas vezes temos que os confinar a um espaço muito mais reduzido da casa para que esse repouso seja possível. Nos casos mais graves, a cirurgia é uma das opções. Mais uma vez, quanto mais rápida for efectuada melhor o prognóstico do animal. Também nestes casos o repouso pós-operatório durante largas semanas ou mesmo meses é fundamental. A todos estes tratamentos, podemos também adicionar sessões de fisioterapia e/ou acupuntura. 

O prognóstico das hérnias discais é tanto melhor quanto maior a sensibilidade do animal. Nos casos em que o animal está paralisado e não consegue sentir dor profunda, o prognóstico é bem mais reservado.
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15 de outubro de 2011

Seguro de saúde para o seu animal de companhia

Já pensou em ter um seguro de saúde para o seu animal de estimação? Um seguro que cubra parcial ou totalmente as despesas de saúde do seu animal de estimação?

Os nossos animais merecem os melhores cuidados de saúde
Quando adquirimos um novo animal ponderamos que despesas iremos ter com ele em termos de alimentação, idas ao veterinário para consultas de rotina, vacinações e desparasitações. Além disso, todos sabemos que os custos com o veterinário podem ser um entrave para termos um ou mais animais.

E como, por vezes, os imprevistos acontecem e o nosso animal pode adoecer e passar a ter um peso maior no nosso orçamento familiar. Para que consiga proporcionar ao seu animal melhores cuidados de saúde e de uma forma mais tranquila, pense em fazer-lhe um seguro de saúde que cubra pelo menos parte de todos estes custos.

Hoje em dia, existem inúmeras possibilidades para seguros de saúde animal, adaptadas às possibilidades de cada dono. Consulte seguradoras ou empresas especializadas nesse assunto e pense no melhor para o seu melhor amigo. A saúde dele é da nossa responsabilidade como donos e devemos sempre proporcionar-lhe os melhores cuidados sem que isso represente um desequilíbrio drástico no nosso orçamento.
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